Fe Cega e Fe Racional

Ao contrário do que querem os fundamentalistas e os movidos pela fé cega, o Criador não condena, não pune, não sente ira, não se magoa, não se entristece. Deus, pelo contrário, espera apenas que O reconheçamos como a Fonte de onde viemos e para a qual retornaremos. E este retorno implica em nos despojarmos das mazelas que provocam inúmeras tristezas humanas, tais como o preconceito e a discriminação.

Infelizmetne, o que vemos hoje em inúmeras religiões que se dizem "cristãs" é um retorno à antigüidade, onde as civilizações tendiam a imprimir paixões meramente humanas nas divindades veneradas. Temos bons exemplos na Mitologia Grega e Romana, e mesmo nas religiões patriarcais como o Judaísmo e o Islamismo, onde Deus é personificado como um "homem" (sempre no masculino, nunca no feminino, o que já denota o machismo exacerbado destas religiões) e nutrindo paixões humanas, como ódio, vingança, raiva, ira, desprezo. O deus bíblico do Velho Testamento, por exemplo, é considerado um dos mais sangüinários de que se tem notícia na história das religiões, muito diferente do Deus de Amor trazido por Cristo e demonstrado aos homens através do Novo Testamento. Ou Deus passou por uma transformação interior (Ele "melhorou" enquanto Deus), ou estamos diante de narrativas muito heterogêneas quando se fala da divindade.

Acredito que entre o deus sangüinário (o qual me recuso a tratar com nome próprio, em maiúsculas, pois não reconheço sua autoridade) e o Deus de Amor ensinado por Jesus, evidentemente que a humanidade atual busca pelo segundo, pois de miséria, ódio, raiva, ira e assassinatos já bastam os cometidos pelo próprio homem, não sendo muito útil ou benéfico venerarmos um deus que carrega os mesmos sentimentos hostis e mazelas puramente humanas.

Vivemos numa época em que a fé cega tende a dar lugar à fé racional, onde os homens aprendem a compreender Deus com o coração, mas também com a mente, não aceitando, simplesmente, um determinismo imposto pelas tradições religiosas e culturais ao longo de séculos. O Universo, a Casa do Pai está em constante evolução e assim também as relações interpessoais e culturais, por isso não podemos nos deter a regras, conceitos, preceitos, pré-conceitos e preconceitos que tiveram sua razão de existir em algum momento de nossa história, mas que hoje não mais se aplica aos nossos dias. Um ótima compreensão disso se tem a partir da leitura do documento "Carta a um Fundamentalista", o qual ilustra de forma sublime a questão das interpretações "ao pé da letra" das escrituras bíblicas.

Deus nos deu um coração, mas também um cérebro, para que façamos bom uso dele. Que as religiões que negam o conhecimento aos seus seguidores e que os impede de "pensar", de "raciocinar", numa forma de manter os fiéis "dominados" por um outro motivo, conscientizem-se, de uma vez por todas, que Deus é Amor e o Amor liberta. O Amor não condena, não julga, não se vinga, não sente ira, não mata.

E que Deus ilumine a mente dos homens para que eles saibam aceitar o Amor dentro de seus corações.

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